O conteúdo deste blog é PURAMENTE ficcional. Qualquer semelhança com a realidade é uma completa coincidência. U.U

12.7.10

Eclipse.


Primeiro, é preciso falar de Crepúsculo como um todo. A série de livros, quero dizer.
Não é, de fato, ruim. Isso não a qualifica como boa, é óbvio, mas é preciso pesar os prós e os contras com cuidado.
O livro é cheio de personagens ideais, com características envolventes, que fazem com que você os ame ou os odeie logo no primeiro momento. E, mesmo se você odiar, uma vez que comesse, não vai conseguir parar de ler.
Ou pelo menos as meninas não vão.
O fato é que não se pode tapar o sol com uma peneira. O livro foi feito pra GAROTAS. Conta-se nos dedos os caras que conseguem ler até o final, e eu só ouvi falar de um que leu e realmente gostou. Em compensação, garotas de todos os tipos e idades, da minha melhor amiga à mãe da minha vizinha, leram o livro do começo ao fim, profundamente envolvidas.
Mesmo as que encararam a leitura com um baita preconceito. Mesmo aquelas que odeiam romances água com açucar. Mesmo as jogadoras de RPG, que gostam de vampiros que queimam, e não brilham, ao sol.
E quando elas terminavam cada livro, e olhavam pra mim, cheias de revolta, e diziam: "Isso é uma porcaria! Como essa mulher pode fazer uma coisa tão tosca!" eu sempre fazia questão de lembrar que elas tinham lido o livro inteiro mesmo assim. Algumas até leram os quatro.
Para as que elogiavam o livro, eu não dizia nada. Crianças sonhadoras ou velhas recalcadas, deixa elas serem felizes. Quantas desiludidas no mundo não iam querer um cara daqueles morrendo por elas, e ainda oferecendo imortalidade e beleza eterna?
E não se esqueçam do lobisomem descamisado que anda pra lá e pra cá abanando o rabinho pra protagonista. No começo eu pensei que ele seria um lobisomem respeitável, até ele envergonhar toda a raça com suas demonstrações de amor, e logo em seguida com pedofilia.
Mas ninguém é perfeito.
Reclamar da verossimilhança da Meyer não adianta. Quando o autor cria um universo, ele pode incluir tudo que quiser nele. Alienígenas correndo pela favela da Roçinha - vide Shyamalan e sinais -, um homem de aço que pega uma mulher em queda livre e não a parte em três pedaços OU que volta no tempo voando MUITO rápido em volta do planeta - vide filmes do Super Homem em geral -, e até mesmo vampiros que brilham ao sol. Porque não?
Contanto que satisfaça o objetivo da história, qualquer coisa vale. E de que outro jeito ela colocaria um grupo de quatro vampiros para passear pelo colegial, senão assim?
Lidar com tudo isso foi possível, porque a série de livros é realmente agradável de ler. Mas aí vem o vilão de todas as histórias: adaptação para cinema.
Ao contrário do fiasco de Eragon, Crepúsculo foi um filme... Na melhor da hipóteses, assistível. A escolha do Robert Pattinson foi uma cartada de mestre. Se você não gostar do filme, vai pelo menos gostar do ator. Ou pelo menos esse era o plano.
Opiniões pessoais sobre a beleza alheia à parte, o filme não foi, na verdade, bom. Vago, deficiente, muitas vezes até mal adaptado. Mas bateu aquela esperança, sabe? Tipo, no próximo filme tem lobisomens, VAI ser melhor.
Doce ilusão. Lua Nova decaiu de um jeito, que eu entrei no cinema pra assisitr Eclipse esperando por uma bela porcaria. E, que lindo, não me decepcionei. Fãs de Crepúsculo, me perdoem, o filme foi uma droga. Fãs de cinema, eu sei que vocês entendem a minha dor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário